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Aprenda a diferenciar os tipos de disjuntores

Aprenda a diferenciar os tipos de disjuntores

Os disjuntores são componentes essenciais para garantir a segurança elétrica de qualquer instalação, seja ela residencial, comercial ou industrial. Sua principal função é proteger a rede elétrica contra sobrecargas e curtos-circuitos, evitando problemas graves como a queima de equipamentos e até mesmo incêndios. Para desempenhar essa função, os disjuntores atuam de forma automática: ao detectar uma corrente superior à sua capacidade, eles desarmam o circuito, interrompendo o fluxo de energia.

A escolha do disjuntor adequado depende de fatores como o tipo de instalação elétrica, a capacidade dos cabos e os aparelhos conectados à rede. Além disso, normas técnicas como a NBR 5410 especificam os parâmetros de segurança e o dimensionamento correto para cada tipo de disjuntor. A seguir, explicamos as principais categorias e características desses dispositivos.

As três categorias de disjuntores

A classificação mais comum dos disjuntores está relacionada ao número de polos, que determina sua aplicação conforme o tipo de circuito:

Disjuntores unipolares ou monopolares

Esses disjuntores possuem apenas um polo e são projetados para circuitos de 127V, conhecidos como monofásicos. Eles são indicados para proteger circuitos simples, como iluminação e tomadas de uso geral. Entretanto, não devem ser usados em redes de 220V, pois, em caso de sobrecarga, podem desligar apenas uma fase, deixando outra fase ativa e aumentando o risco de choques elétricos ou danos aos aparelhos.

Disjuntores bipolares

Com dois polos, esses disjuntores são utilizados em circuitos de 220V que possuem duas fases. Eles são recomendados para equipamentos que consomem maior potência, como chuveiros e torneiras elétricas. A configuração bipartida permite que ambas as fases sejam desligadas simultaneamente, garantindo maior segurança.

Leia também: Existe melhor disjuntor para chuveiro elétrico? Saiba tudo!

Disjuntores tripolares

Ideais para circuitos trifásicos, esses disjuntores são projetados para redes que operam em 220V a 380V. São amplamente utilizados em sistemas industriais e em instalações que requerem alta capacidade de energia, como motores trifásicos e equipamentos de grande porte. Sua aplicação depende do projeto elétrico e da disponibilidade da rede.

Os três tipos de curvas de disjuntores

Além do número de polos, os disjuntores também são classificados por curvas de atuação, que determinam como respondem a correntes de curto-circuito. As curvas mais comuns são B, C e D, regulamentadas pelas normas NBR 5459 e NBR 5410:

Disjuntores de curva B

Recomendados para circuitos com baixa corrente de partida, como lâmpadas incandescentes, fornos elétricos e aquecedores. Esses disjuntores desarmam quando a corrente atinge de 3 a 5 vezes a corrente nominal, sendo ideais para cargas estáveis.

Disjuntores de curva C

Projetados para cargas com média corrente de partida, como motores elétricos, máquinas de lavar e lâmpadas fluorescentes. Eles atuam em correntes entre 5 e 10 vezes a corrente nominal, garantindo proteção para equipamentos que apresentam picos moderados de energia ao serem ligados.

Disjuntores de curva D

Esses disjuntores são indicados para equipamentos que exigem alta corrente de partida, como transformadores e grandes motores industriais. Sua atuação ocorre entre 10 e 20 vezes a corrente nominal, sendo especialmente úteis em ambientes com cargas pesadas e alta demanda inicial de energia.

Como escolher o disjuntor certo?

Escolher o disjuntor ideal é um passo essencial para garantir a segurança e a eficiência do sistema elétrico. Um disjuntor inadequado pode não apenas comprometer o funcionamento dos equipamentos conectados à rede, mas também aumentar os riscos de sobrecarga e curto-circuito. Abaixo, detalhamos os fatores principais que devem ser considerados na escolha do disjuntor:

1. Tipo de carga

A análise do tipo de carga é fundamental, pois diferentes equipamentos possuem demandas específicas de energia. Por exemplo, circuitos que alimentam motores elétricos, como bombas ou compressores, requerem disjuntores de curva C ou D devido às altas correntes de partida desses dispositivos. Já cargas menores, como lâmpadas incandescentes e fornos elétricos, podem ser protegidas com disjuntores de curva B. Avaliar corretamente o tipo de carga ajuda a evitar desarmes frequentes e protege os aparelhos contra danos.

2. Capacidade da rede elétrica

A capacidade elétrica da instalação deve ser cuidadosamente analisada para evitar subdimensionamento ou sobredimensionamento do disjuntor. É importante verificar a tensão do circuito (127V, 220V ou 380V) e a corrente nominal dos cabos que compõem a instalação. O disjuntor deve ser compatível com esses valores para evitar problemas como aquecimento excessivo ou falhas na proteção. Para circuitos que operam com alta potência, como sistemas trifásicos industriais, disjuntores de maior capacidade são indispensáveis.

3. Normas técnicas

As normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), como a NBR 5410, estabelecem padrões para o uso seguro de dispositivos elétricos. Garantir que o disjuntor escolhido esteja em conformidade com essas regulamentações é fundamental para evitar multas, acidentes e outros problemas legais. Além disso, equipamentos certificados oferecem maior confiabilidade e eficiência, sendo uma escolha mais segura para qualquer tipo de instalação.

4. Ambiente de instalação

O local onde o disjuntor será instalado também influencia diretamente na escolha do modelo. Em áreas úmidas, como banheiros, cozinhas ou ambientes externos, é recomendável utilizar disjuntores diferenciais residuais (DR), que oferecem proteção adicional contra choques elétricos e fugas de corrente. Já em locais com altas temperaturas ou condições adversas, como indústrias, disjuntores moldados são mais indicados devido à sua resistência e durabilidade.

Cuidados na instalação de disjuntores

Independentemente do tipo de disjuntor escolhido, é crucial que a instalação seja realizada por um profissional qualificado. Trabalhar com eletricidade envolve riscos significativos e qualquer erro pode comprometer a segurança do sistema. Antes de qualquer intervenção, é indispensável desligar a energia elétrica para evitar acidentes.

Certifique-se de que o disjuntor está dimensionado corretamente para a capacidade dos cabos e para os equipamentos conectados à rede. Um disjuntor subdimensionado pode desarmar frequentemente, enquanto um superdimensionado pode falhar em proteger adequadamente a instalação.

Conclusão

Escolher o disjuntor certo é essencial para garantir o bom funcionamento e a segurança de uma instalação elétrica. Desde a seleção do número de polos até a análise das curvas de atuação, cada detalhe faz a diferença no desempenho do sistema. Se você tem dúvidas ou precisa de ajuda para dimensionar seu sistema elétrico, não hesite em consultar um especialista.Quer aprender mais sobre materiais elétricos e boas práticas? Acompanhe nosso blog e fique por dentro das novidades!

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